sexta-feira, outubro 27, 2006

Paciência
(Lenine e Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não...a vida não para)

Ontem, depois de uma crise de choro, foi essa música que me acalmou. A chuva que caía lá fora e as árvores que não paravam de balançar me deram uma sensação de paz que eu estava mesmo precisando...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Domingo é dia de trabalho?
É, sim, senhor!!

Descansar pra quê se pode trabalhar?

Respira, inspira, respira, inspira... Mantenha o bom humor, Flávia. Mais um domingo de trabalho, respira, inspira, respira... Não, hora extra não existe no meu mundo. Se existisse seria tão bom!!!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Era uma vez uma aula de natação. Acordei às 7h30 com o despertador. Da cama dava pra ouvir o barulho bom da chuva. Abri a janela, namorei um pouco aquela chuva que caía lá fora. Deu vontade de sair de casa pra tomar banho de chuva. Mas estava frio e eu estava com sono. Mais uma hora na cama não faz mal a ninguém. Semana passada nadei mesmo com chuva. Mas não estava tão forte e o tempo, tão frio.

Cheguei no jornal e não fiz quase nada. Escrevi e-mails, conversei besteira, dei uma olhada nos jornais. Saí para uma pauta legal, sem ser de economia. Lançamento do Instituto Cervantes aqui em Brasília. Burocracias à parte, fiquei lá tentando entender aqueles caras que falavam espanhol o tempo todo. Meio que me senti em terras espanholas, sabe? Um pessoal tão simpático. Gostei, gostei. Vou ficar de olho no trabalho deles. Quem sabe ano que vem não começo a estudar espanhol.

terça-feira, outubro 24, 2006

O que você quer saber de verdade
Arnaldo Antunes / Marisa Monte / Carlinhos Brown

vai sem direção
vai ser livre
a tristeza não
não resiste
jogue seus cabelos no vento
não olhe pra trás
ouça o barulhinho que o tempo
no seu peito faz
faça sua dor dançar
atenção para escutar
esse movimento que traz paz
cada folha que cair
cada nuvem que passar
deixa a terra respirar
pelas portas e janelas das casas
atenção para escutar
o que você quer saber de verdade

segunda-feira, outubro 23, 2006

Depois que escrevi o post reclamão aí debaixo, dois fins de semana se passaram. Os dois foram muito bons, sem reclamações. O primeiro foi em terras goianas. Aniversário de 80 anos do vô, família reunida e namorado devidamente apresentado para todos os Borges. Voltei para Brasília feliz e contente. Depois de uma semana pauleira de muito trabalho, enfim, mais um sábado chegou. E que dia bom. Três anos e sete meses de namoro comemorados em um sábado tranquilo, simples, feliz.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Que feriadão prolongado mais cansativo...
Putz.
Que venha o fim de semana.
Eu mereço!!!!

quarta-feira, outubro 11, 2006

A semana mal começou e amanhã já é quinta-feira. Dia da Criança, dia de trabalho, dia de festa de aniversário de criança e dia de pré-estréia da peça Outono e Inverno no CCBB. Dia em que todos os primos da família Borges chegam a Goiânia. Menos eu. Mas sexta ou sábado me juntarei a eles. Eu e namorado, que terá de enfrentar toda a família de uma só vez. E eu confesso que estou feliz demais por isso.

*Momento mulherzinha apaixonada que pensa em casamento*
Ontem assistimos, namorado e eu, a um espetáculo maravilhoso. Natalia Gutman, violoncelista russa, acompanhada do pianista, também russo, Viacheslav Poprugin. Natalia foi aluna do Rostropovich, o maior violoncelista vivo segundo Luciano Antunes. Apesar de ter cochilado na primeira peça, eu amei ver mais de pertinho aquela mulher tocar. Com o braço firme, os olhos fechados, ela tocava e não, não era nesse mundo que ela estava. Ela estava no mundo da música. Estava sozinha. Ela e o violoncelo. Mais ninguém parecia existir naquele momento. Nem o pianista que a acompanhava. Se ele deixasse de tocar, ela continuaria, leve, solta, tocando, tocando, tocando... De música eu não sou nenhuma boa entendedora. Eu gosto. Para mim, é o que basta. O pouco que sei, aprendi com o namorado. Tenho de admitir que ele melhorou muito minhas referências artísticas, como ele sempre diz. E ontem, assistindo àquela mulher de 64 anos tocar, eu senti inveja. Inveja boa, se é que existe. Hoje acordei pensando em como ela parecia feliz quando estava tocando. Aqui em Brasília e em tantos outros lugares de todo o mundo, ela se apresenta, sozinha, em recital, com orquestra. Ela e a música. A música e ela. Passei boa parte do dia hoje pensando em como eu queria chegar aos 64 anos fazendo alguma coisa que me dê prazer. Que me deixe feliz. Que seja essencial na minha vida. Podem me chamar de romântica, iludida, boba. Mas a sensação que eu tenho é que a arte, o esporte, eles são mais especiais. Quando vejo o grupo Corpo dançar, queria ser dançarina. Quando vejo as meninas do vôlei jogar nas Olimpíadas, meu sonho é ser jogadora. Quando vejo a Daiane dos Santos dando aqueles saltos eu penso, putz, por que não sei fazer algo assim tão bonito? Parece que eles têm um dom, uma vocação, um prazer que nós, jornalistas, professores, historiadores, engenheiros, funcionários públicos, essas profissões "normais", não temos. Eu queria fechar os olhos, tocar, tocar, tocar, tocar, e não ver o tempo passar. Chegar aos 64 anos com vontade de tocar e viver por mais uns 60 anos. Mas no fundo eu queria também saber como a Natalia Gutman é na vida real. Se é casada, separada, se tem filhos, se sente dor de cabeça, se é brava, calma ou reclamona, se ela se sente feliz, se sente saudades dos tempos em que era uma menina. O que mais gosta de tocar. Compositor preferido. Comida favorita. Porque ali, da primeira fila do teatro, eu a via como a pessoa mais feliz e realizada do mundo. Como se nada mais no mundo importasse a ela. Só a música. Queria isso pra mim. Será que dá tempo de largar o jornalismo e virar nadadora profissional? É um esporte. Porque pra música eu acho que não levo o menor jeito.
Era uma vez um post enorme.
Merda.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Hoje é aniversário da minha pequena linda. Ela é manhosa, carente, burricida, preguiçosa, mas é a pessoa mais importante desse mundo! ;) Te amo, TT. Muitãozão.

segunda-feira, outubro 02, 2006


O novo quadro que está no meu quarto agora. Simone de Beauvoir em uma foto maravilhosa.
Um dos presentes mais criativos que já ganhei. Da Taís e da Paulinha.
;)
O Cena Contemporânea terminou ontem em Brasília. Não fui a todos os espetáculos que gostaria de ter ido, mas deu para sentir um pouquinho o que o teatro anda produzindo por aí. Sexta assistimos ao Mulher Desiludida, baseado no livro homônimo da Simone de Beauvoir. No início, estava achando tudo muito superficial, decorado demais. Mas depois eu gostei. A atriz Guida Viana interpretou uma mulher tão desiludida, daquelas personagens que fazem com que a gente saia do teatro com o texto martelando na cabeça. Eu li o livro há um bom tempo. Mas me lembro de ter uma sensação diferente. Na época, senti a personagem mais revoltada, ainda atordoada com tudo que a vida lhe deu. Na peça não. Senti agonia. A personagem parecia não estar mais revoltada. Mas sim desiludida, desesperançosa, confusa. Não sei bem explicar, mas foram duas sensações distintas com a mesma personagem. Uma no livro e outra no teatro. O que é bom. O teatro e a literatura podem até se completar. Mas são artes que têm o fascínio de transmitir sensações diferentes. O que é meio óbvio. Mas é bacana sentir isso na pele.

Sábado assistimos a Um Homem é um homem. Achei um pouco cansativa, talvez por termos nos sentado não em cadeiras, mas em estruturas de arquibancada. A peça é encenada em uma lona de circo pelo grupo Galpão. A direção é assinada por Paulo José, que estava lá. Foi bom vê-lo. Mas foi melhor ainda ver atores e atrizes que cantam, dançam, encenam, tudo ao mesmo tempo. O espetáculo é musical, é circense, é também comédia.

E o mais legal. O Homem é um homem era de graça. Não dá mesmo para entender quem fica em casa sem fazer nada e não sai para assistir a peças tão bacanas. A vida é bem mais do que nosso mundinho de trabalho-estudo-dinheiro-casa. Pelo menos eu acho.
Ontem, domingo de eleições, cheguei ao jornal 8h20. Saí às 20h30. Apesar de toda a correria, de todo o nervosismo normal de apurações, de fechamento de jornal, de resultados das eleições, o dia foi até bacana. Cheguei em casa um caco, com fome, com sono, com dor de cabeça e com vontade de dormir uns dois dias seguidos. E dormi até bastante. Acordei hoje às 9 da matina. Não fui à natação. Fiquei com consciência pesada, mas não tive forças para levantar da cama às 7h30. Fica para quarta-feira.

Agora é arrumar ânimo para mais um dia de trabalho e de faculdade. Coragem, coragem...