quinta-feira, maio 24, 2007

Vai tomar no cú, vai tomar no cú, bem no meio do seu cú...

Eis a música mais cantada no jornal. Tão desbocados meus colegas de trabalho. Mas, sejamos sinceros, ô musiquinha boa de cantar!
E ontem à noite recebi um telefonema de Campo Grande. Eram dez e meia da noite e lá do outro lado da linha tinha uma amiga com frio, bebendo vinho, e contando causos do Mato Grosso do Sul. Reza a lenda que o IPHAN de lá é IPHAMS, Instituto de Patrimônio Histórico do Mato Grosso do Sul. Ao menos a superintendente entende assim. Os técnicos, historiadores e arquitetos (uma equipe formada por três profissionais) não têm acesso a nenhum site na internet que não seja o do IPHAN. Nem a página do Ministério da Cultura entra lá. Nada. Telefone? Lá não se pode fazer ligações. Trata-se de um local de trabalho, ora bolas. Nas palavras da minha amiga, Campo Grande é Goiás na década de 40. Existem os donos da cidade. A mulher do IPHAN é uma delas.

Reza outra lenda que uma pessoa do IPHAN de Campo Grande ligou para o escritório do instituto em uma cidade lá perto. Do outro lado da linha, uma mocinha simpática, a secretária, atendeu: IP-HAN, boa tarde?!

quarta-feira, maio 23, 2007

Conversei pelo MSN com uma amiga dos tempos da faculdade em Goiânia. A Maíra. Ô menina querida, ô saudade daquele sorriso grande. Contava para ela que alguns ex-colegas nossos da História hoje estão como professores convidados da Universidade Católica de Goiás, onde estudamos. E que ela precisava entrar também naquele departamento e sair do mundo burocrático do Iphan em Campo Grande. Daí entrei no site da UCG, para bisbilhotar o corpo docente da História. (Tão desatualizado que lá tem até o nome do Paulo, o "Deus", acredita, Helô?) E não é que abriram concurso? Apenas duas vagas, uma para história do brasil e outra para teoria da história. Para a primeira, tem que ter mestrado. Para a segunda, doutorado. Ela entraria na vaga de Brasil. Na banca, um ex-professor, ex-companheiro de viagens. O mundo acadêmico é recheado de panelinhas. Impressionante. Os anos se passam e dão voltas. Amigos e ex-colegas de sala de aula voltando para a universidade, agora como professores da graduação. Estou feliz no jornalismo, chega de curso de graduação. Mas me deu saudade da História. Uma dia voltarei ao meu curso querido. Nem que seja para adquirir mais "cultura".
Mais um dia no jornal, mais um dia de aula na faculdade.
Hoje eu queria sumir por uns dias, viver outras vidas, conhecer outros lugares e outras pessoas. O mundo é bão, Sebastião. E grande como ele só.

Ela faz cinema

Ela faz cinema

Ela é assim

Nunca será de ninguém

Porém eu não sei viver sem

E fim

Chico Buarque. Ele, tão lindo, ali, bem na minha frente. Depois de quase dez anos, Chico voltou a Brasília. Namorado ficou sete horas na fila para comprar os ingressos, que custaram R$ 100, cada um. R$ 100. Uma quantia que faz diferença no meu riquíssimo orçamento mensal. Mas, bem, era o Chico. Sabe-se lá quando eu teria essa oportunidade de novo. E show para mim é muito mais que ouvir um disco. Muitos valem cada centavo cobrado. O do Chico valeu. Se eu tivesse dinheiro, iria de novo, no segundo dia de apresentação em Brasília.

No final do show, depois de voltar duas vezes com pedidos de bis, ouço uma fã que passou as duas horas anteriores gritando "lindo", bem ao meu lado. "Ele não interage com a platéia, né? Não fala nada, só boa noite e obrigado". Quase viro para ela e pergunto: "precisa de mais?". Juro que não é porque eu daria para o Chico que acho que não precisava de mais. O Boa noite, Brasília com aquele sorriso feliz já estava de bom tamanho. Era ele ali na frente, cantando, sorrindo, dançando, vivendo. E dividindo aquele momento comigo. E com mais de duas mil pessoas, claro. Entre elas, o Lula. O que importa é o momento. É a emoção que senti a cada música cantada. É o sorriso que eu sorria, a lágrima que eu chorava. Dou tanto valor a momentos como esse. À música, a teatro, a viagens. A momentos que vivemos, que nos dão emoção. São pelinhos arrepiados no braço, sabe? Para mim isso é viver.

terça-feira, maio 22, 2007

Sim, estou vida. Não, ainda não abandonei o blog. Nem criei outro. Esse lado mutante-obsessivo eu deixo pra ela. Abri hoje a página do blogger, meio sem quer querendo, sabe como é. Deixo apenas um sinalzinho de vida. Daqui a pouco eu volto, para escrever um pouco da vida, do Chico, de São Paulo, do jornal e do que mais eu bem entender.